O ano de 2020 definitivamente obrigou muitas empresas e negócios a se digitalizar de algum modo. A mudança de comportamento do consumidor ficou evidente logo nos primeiros 3 meses do ano, como aponta a pesquisa sobre os Impactos do Coronavírus em 2020 realizada pela SEMrush.
Mas muito mais que apenas criar um site ou um perfil nas redes sociais, ter presença digital consiste em entregar conteúdo e informações relevantes para seus usuários ou personas.
À medida que seu negócio consegue ser visto digitalmente e também reconhecido como um lugar que entrega algo relevante para este determinado público é natural o volume de vendas também aumentar.
Para fortalecer a presença digital estabelecemos quatro pilares básicos e perguntamos a especialistas de cada uma das áreas dicas para começar e se organizar com eficiência.
Continue lendo para aprender com os melhores:
Entre todos os pontos apontados pelos especialistas das áreas, vale destacar a importância da definição e entendimento de uma persona ou público-alvo. Percebe-se que esse ponto está presente nas quatro dicas de diferentes formas o que ressalta a importância de pesquisar e muitas vezes literalmente perguntar aos seus clientes usuários como melhor ajudá-los.
Outro ponto relevante é o alinhamento de mensagem e valores entre os quatro pilares. A comunicação deve ser semelhante para gerar unidade.
Dicas para a Produção Conteúdo
Quando se fala em presença digital no marketing digital a produção de conteúdo é o ponto principal e muitas vezes um grande desafio.
Mas eu gosto de lembrar que não é necessário ser a maior autoridade do assunto para começar, mas sim colocar um pouco da própria experiência. Isso torna o seu conteúdo diferente e único. Expor suas ideias e visão irá transformar o que você cria em algo exclusivo e isso gera valor.
O mais importante é ser útil e ajudar o público com aquele conteúdo. Responder a dor do teu cliente.
Autoridade digital não é falar bonito, mas se comunicar com quem é teu cliente e personas. E novamente, é importante lembrar que muitas vezes o que é básico para você, não necessariamente é básico ou óbivio para tua persona. É importante ter diferentes níveis de conteúdo e se comunicar com o seu público.
De verdade, pega tua persona pela mão e leva ela até a o estágio mais avançado junto com você através dos conteúdos e informações que você cria.
Ainda sobre personas, conteúdo bom é aquele que ajuda.
"O que é bom para o usuário, é bom para o Google", afirmativa fortemente associada a SEO. Por isso falamos em produção de conteúdo inédito, de qualidade, consistente, com entrega de valor para os usuários. Mas só é possível fazer isso quando se entende muito bem quem é, ou são, as personas da sua marca e quais suas dores, ou seja: quais as soluções que elas procuram.
Você deve se perguntar, e perguntar para o seu público, que tipo de necessidade elas têm e que precisam ser atendidas? Se não superarmos a ideia de que vendemos apenas produtos e passarmos a entender que vendemos soluções, ficará difícil entregar valor e até mesmo reconhecer os próprios diferenciais.
Para quem quer produzir conteúdo para vendas on-line a estratégia não é diferente: produzir textos inéditos e que falem mais do que a respeito de atributos técnicos e descritivos de produtos.
Se o lojista focar em produzir conteúdo sobre como usar, quais os diferenciais e toda informação que agregue à usabilidade daquilo que vende, estará um passo à frente da maioria dos lojistas que infelizmente ainda cometem um erro comum de grande parte dos lojistas virtuais: copiar descritivos do fabricante ou copiar descritivos de outras lojas virtuais, normalmente dos grandes players do e-commerce.
Esses lojistas não são mal intencionados, apenas não sabem que o Google não indexa cópias de conteúdos, ou pensam que descrição de e-commerce é apenas relatar aspectos formais, dimensionais e técnicos dos itens à venda. Certamente esses dados todos devem constar na página do produto, mas é possível inovar e redigir de modo mais amigável para o consumidor.
Caso o lojista não conheça ferramentas e técnicas de SEO, deve sempre pensar: "como o usuário buscaria pelo meu produto ou serviço na internet"?.
Quanto mais esse empreendedor conseguir produzir um conteúdo que se aproxime desta busca de modo inédito e com autoridade, mais bem sucedido tende a ser. Além disso existem diversas ferramentas que ajudam a sugerir esses termos conhecidos como palavra-chave.
Voltando à questão de não falar apenas sobre o produto, mas sobre usabilidade e resolução de problemas, temos um case interessante aqui na Projetual: um cliente nosso lojista virtual de assentos sanitários teve excelentes resultados orgânicos quando produziu um vídeo bem curto e objetivo sobre "Como instalar assentos sanitários". O vídeo merece créditos porque já tem 11 anos. Ou seja, quando pouco se falava disso (em 2009), esse cliente já entendia a importância de produzir conteúdo que agregasse valor ao cliente e não apenas se preocupasse em falar de si mesmo (enquanto marca) e tentando vender produtos.
Depois disso a estratégia evoluiu e o vídeo "Como escolher a tampa certa para seu vaso sanitário", de 2 anos atrás, já tem mais de 440 mil visualizações orgânicas. Note, neste segundo caso, que apesar de comercialmente o cliente chamar seu produto de "assento sanitário", o título do vídeo se refere a "tampa para vaso". Isto porque é dessa forma que os consumidores mais buscam pelo produto na internet.
Acredito que esse seja um exemplo prático de todos os tópicos tratados aqui: autoridade é relevância; relevância é entregar valor; só se entrega valor quando se conhece muito bem sua persona. Procure gerar conteúdo amigável para o usuário e o que é bom para o usuário é bom para o Google.
Uma estratégia de Inbound Marketing
O inbound marketing, também conhecido como marketing de atração, é composto de quatro etapas:
- atração
- conversão
- venda
- encantamento.
Consiste principalmente em atrair os visitante do seus site para que eles deixem algum contato e depois entregar boas informações para que eles se tornem clientes.
Para realizar são utilizadas diversas estratégias de marketing online e off-line em cada uma das etapas mas, explorando a aceleração de presença digital, vamos focar nas melhores práticas para captar leads e trabalhar a entrega de conteúdos de valor agregado para aumentar as vendas – ou seja, nas etapas de conversão e vendas.
Conversão
A proposta aqui é transformar visitantes em leads. Neste caso, o visitante já tem conhecimento da sua marca, mas precisa ter uma necessidade ou desejo que vá de encontro com a sua proposta de valor.
Para que o visitante tenha interesse em disponibilizar seu contato para mais informações ou acesso a alguma oferta, é essencial que você tenha definido muito bem sua(s) persona(s), entendendo claramente suas motivações e oferecendo algo que vá de encontro com elas, para que a conversão ocorra.
E este “algo” pode variar entre empresas e segmentos, mas as melhores práticas envolvem: conteúdo de meio de funil (ebooks, whitepapers etc), ferramentas (planilhas de excel personalizadas, landing page com análise de site etc) e eventos (webinars, lives etc).
Vendas
A tão esperada venda! Propõe-se que, não importa o segmento ou formato B2C e B2B, que você já tenha caprichado na qualificação e nutrição de leads.
Uma vez que a proposta aqui é transformar leads em clientes, quanto mais o lead demonstrar interesse na sua oferta e no consumo das suas entregas nas conversões, maior a probabilidade de você ter mais um cliente. O perfil de consumo das ofertas e o comportamento do lead nos diz muito sobre a melhor forma de fechar a venda: diretamente no carrinho de compras, com o apoio de um inside ou field sales, a necessidade de um vendedor técnico.
A dica aqui é entender as jornadas de compra para otimizar os recursos da empresa no formato de venda de maior resultado.
Para fazer essa gestão de pontos de conversão no seu site e a nutrição com conteúdos de acordo com as etapas do funil há diversas ferramentas de automatização de emails do mercado. Porém, é muito importante conseguir personalizar esses contatos o máximo possível com os campos de personalização e segmentação por grupos menores. Isso irá gerar empatia e engajamento, o que potencializa as conversões.
Resumo:
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Desenvolva boas personas, entendendo muito bem as dores e necessidades do seu potencial cliente;
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Para acertar na conversão, crie ofertas (conteúdo, ferramentas e eventos) de alto valor – sua proposta de valor deve ir de encontro com as motivações do cliente.
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Para chegar à tão esperada venda, capriche na nutrição e qualificação de leads, explorando uma ou mais conversões, e entenda as jornadas de compra para otimizar as vendas.
Como Segmentar Anúncios Pagos
Você sabe o que é o ERFM e para qual serve a sua utilidade nas campanhas de anúncios?
O ERFM é a junção de 4 siglas: Engajamento, Recência, Frequência e Monetário. É uma técnica que permite verificar qual foi a última compra, quantas vezes e qual o valor o usuário investiu em algum produto ou serviço. Dessa forma, você consegue otimizar sua estratégias e ser mais assertivo na construção de uma melhor presença digital.
Para tanto, é um técnica muito utilizada no time de Customer Success, para identificar os melhores clientes, fidelizando e recompensando quem ama a marca, é também utilizado para a reativação de usuários que estão prestes a deixar de amar a marca.
O Targeting Marketing também é muito utilizado para acompanhar ações direcionadas a clientes, usuários e empresas do mesmo segmento, visando sempre possuir uma taxa de sucesso maior aos processos internos e externos.
Entender e mensurar quais são os melhores perfis do produto é o ponto chave para o gerenciamento de campanhas bem estruturadas e granuladas.
Performar em anúncios é uma tarefa de consistência e que requer atualizações diárias, principalmente em sua granularização.
Dessa forma, encontramos o famoso equilíbrio nas estratégias digitais, e tomamos cuidado em não criar um grande repositório de anúncios mal sucedidos. O termo granularidade é uma menção ao nível de detalhe. Uma das formas de granular uma campanha é dividir os produtos em campanhas ou em grupos de anúncios, com uma comunicação específica para cada tipo de veículo, com público e segmentações próprias.
É preciso quebrar ou dividir uma entidade de informações em subgrupos, organizando em menores grupos ou conjuntos. Com esta metodologia, granulamos as informações, e entendemos melhor o nosso público ideal, encontrando o engajamento, recência, frequência e monetário ideal para a conversão.
Mas, como quebramos as entidades de informações? Elas podem ser quebradas pela palavra-chaves, geográficos, sexos, interesses, idades, produtos, criativos, copys e entre outros blocos de informações.
Para facilitar o entendimento, a seguir vamos demonstrar algumas perguntas:
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Qual é a palavra-chave ou interesse que possuir maior engajamento/conversão?
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Entre os grupos: Masculino, Feminino e Desconhecido, qual possui a maior taxa de engajamento/conversão?
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Qual é o grupo de idade que possuir a maior engajamento/conversão?
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Qual é o produto que mais engaja/converte neste público?
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Qual é o criativo e copy que mais engaja/converte neste público?
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Por onde converte mais, desktop ou dispositivo móvel?
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Qual o sistema operacional (android ou ios) ou modelo do dispositivo móvel engaja/converte mais?
Com essas perguntas respondidas, você consegue chegar em uma análise simples de granularidade. Como também, entender melhor o seu público. Existem outras perguntas que podem ser analisadas, mas isso é um tema que pode ser mais aprofundado em outro conteúdo aqui no Blog da SEMrush.
Gerenciamento de Redes Sociais
Para realmente alcançar resultados efetivos nas redes sociais e construir um boa presença digital nesse meio é preciso muito mais do que contar com a sorte. Um bom perfil ou canal profissional tem muito planejamento para a postagem dos conteúdos.
Nessa metodologia eu explico passo a passo toda a estrutura de um planejamento de ações de marketing digital e com essas ideias organizar 10 dias essenciais para um planejamento nas redes sociais.
1. Definição de público e personas
Grande parte do sucesso de um projeto, de uma ação ou de uma campanha nas redes sociais está relacionado ao direcionamento para o público correto. Uma forma de direcionar melhor seu conteúdo e suas ações é criar uma ou mais personas que representem parte ou todo o seu público. Dessa forma é possível entender melhor seu perfil, seus desejos, dores, necessidades, e a forma correta de se comunicar com cada um.
2. Definição de canais
Após descobrir o perfil do seu público, é preciso identificar as redes sociais mais utilizadas por eles. Você pode ter canais, perfis ou páginas em quantas redes sociais desejar, mas é importante manter o foco naquela que dá maior resultado, ou onde seu maior público está concentrado.
3. Objetivos e metas
Toda ação em uma rede social precisa ter um objetivo claro, ou será perda de tempo. Os objetivos podem ser os mais variados, como gerar engajamento, conseguir novos seguidores qualificados, gerar tráfego para um site ou blog, captar leads, converter vendas, entre outros. Pode parecer óbvio dizer, mas o objetivo precisa também ser relevante, viável de ser alcançado e mensurável.
4. Benchmarking e estudo de mercado
Para ter ideias criativas, se antecipar a seus concorrentes ou até mesmo aproveitar as ondas do mercado é importante manter um estudo constante do seu mercado, dos seus concorrentes (posicionamento, suas estratégias, canais e ferramentas utilizadas por eles). Inspire-se em ações de sucesso mesmo que sejam de empresas ou profissionais de outras áreas e procure formas de fazer ações melhores.
5. Definição linha editorial / conteúdo
Estabelecer um foco para seu tema principal e manter uma linha editorial clara vai ajudar a atrair seguidores de melhor qualidade, mais engajados e com maiores chances de conversão de vendas. Todo conteúdo produzido e postado precisa ser relevante para seus seguidores, gerar interesse, solucionar suas dores, e ao mesmo tempo estar conectado com sua área de atuação, com seus produtos ou serviços.
6. Segmentação geográfica
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ações em redes sociais podem e devem ser segmentadas por região ou por localização, principalmente quando são criadas para negócios locais. Desde a descrição do seu perfil até o tipo de conteúdo que você publica são formas de auto-segmentar o público que irá seguir seu canal e por consequência que irá consumir seu conteúdo.
7. Cronograma
No marketing em redes sociais a gestão de prazos é um dos principais desafios e depende diretamente de um bom planejamento de cronograma de ações. Seus canais devem seguir um cronograma de postagens com freqüência e quantidade bem definidas. Uma simples postagem pode ser feita por apenas uma mesma pessoa ou em alguns casos depender de profissionais de diferentes áreas, e nesse caso, o não cumprimento dos prazos por um ou mais membros da equipe pode gerar impactos negativos nos resultados esperados.
8. Análise de riscos
A gestão de riscos é essencial em qualquer projeto para evitar não apenas prejuízos financeiros ou jurídicos, mas também erros de execução que comprometam a imagem e a reputação da marca, da empresa ou do produto. Antes de iniciar as ações, é essencial realizar o mapeamento dos possíveis riscos, fazendo também uma análise de como eles podem impactar a ação realizada e como podem ser solucionados caso ocorram.
9. Orçamento (budget)
O orçamento é a parte do projeto onde devemos calcular a previsão de custos e despesas de cada uma das ações previstas. Projetos de marketing digital em redes sociais costumam ter orçamentos bem limitados além de prazos apertados, por isso, saber gerenciar custos é essencial para ter bons resultados. Calcule sempre o custo de profissionais envolvidos, ferramentas, orçamento para campanhas patrocinadas ou impulsionamentos, ou demais recursos necessários.
10. Indicadores de efetividade
Indicadores, também conhecidos como KPIs, são usados para identificar se os objetivos de uma ação ou projeto foram atingidos ou não. Eles ajudam na tomada de decisões, na identificação de oportunidades, na identificação de problemas ou erros de execução, na melhoria das ações e no aprendizado para o desenvolvimento de novas ações semelhantes. O ideal é sempre focar em poucos indicadores, de preferência apenas aquele que for essencial e diretamente relacionado com o objetivo da ação realizada.