EAT, YMYL e finalidade benéfica. O que são e para que servem?

Nilton Alvares

May 27, 20207 min read
EAT, YMYL e finalidade benéfica

Uma breve introdução: Este conteúdo é para que possamos entender a importância de alguns tópicos do General Guidelines do Google, última atualização em 5 de Dezembro de 2019.

Segundo o documento: “Conteúdo de qualidade é um conteúdo especializado e focado no usuário.” 

Mas, qual seriam as diretrizes por trás dessa afirmação?

Vamos lá? Espero que você aproveite ao máximo, bons estudos!  

Toda página, conteúdo ou informação precisa ter um objetivo de beneficiar o usuário. 

Quando pensamos em usabilidade, cada página deve ser pensada, elaborada e desenhada para beneficiar o usuário. O usuário é o centro, ele está sempre buscando algum assunto específico que deseja se beneficiar em sua jornada de experiência.

O Google sempre vai querer oferecer as melhores experiências para os usuários, e por esse motivo, que existem as classificações orgânicas. O Google é uma ponte entre a pesquisa e o resultado. Portanto, o seu Product Market Fit é oferecer a melhor experiência de navegação na plataforma.

Por esse motivo, em seu recente General guidelines, O Google fala tanto sobre o termo EAT.

O EAT é a junção de 3 palavras: Expertise, Authoritativeness e Trustworthiness. Em tradução livre: Especialidade, Autoridade e Confiabilidade. Quando pensamos em uma página que possui qualidade, ela deve ter esses 3 pilares.

Se formos falar um pouco sobre cada termo, ficaria mais ou menos assim:

Especialidade: 

É essencial possuir especialidade no segmento onde atua. E ela é adquirida de diversas maneiras:

  • com o tempo,
  • com a experiência e
  • com a famosa regra: ser tão capaz quanto um polvo.

Quando aprendemos sobre um assunto de formas, de pessoas e de experiências diferentes, vamos aumentando o repertório, tornando a cauda longa cada vez mais longa, adicionando sempre um novo tentáculo. 

Isso faz com que tenhamos conhecimentos diversos de um mesmo assunto, podendo abordá-lo de diversas formas. A especialidade é oriunda de um road-map extenso de aprendizados aprendedores. 

Além do mais, segundo o General Guidelines, a especialidade se resume na “experiência cotidiana”. 

O que significa que pessoas com experiências de vida, e que são relevantes no contexto onde atuam, são consideradas especialistas. 

Fica ainda mais interessante quando observamos a seção 4.5, onde diz: “O padrão de experiência depende do tópico da página”

Páginas e sites de alta qualidade precisam de experiência suficiente para serem confiáveis.
O padrão de experiência depende do tópico da página.

Opa, isso é realmente impactante. E o que isso quer dizer? 

Um profissional que fala de marketing, escreve conteúdos detalhados, que frequenta universidades, escolas e cursos e ama o que faz, possui uma tendência de ser especialista no assunto. 

Agora, vamos pegar o mesmo exemplo para uma boutique de roupas:

Se o seu blog produz conteúdo detalhados sobre moda, estuda fibras sustentáveis, faz pesquisas com diferentes consumidores, enquetes quentes e conteúdos verdadeiros, possui uma tendência de ser especialista no assunto.

Mas não é apenas esta métrica que vai fazer com que os conteúdos possuam as diretrizes do EAT

Em nosso próximo tópico, vamos falar sobre autoridade. E também, como podemos colocar em prática em uma criação de uma página.

 Autoridade:

Primeiro, vamos destrinchar o que é autoridade: 

image.png

Complexo, não é mesmo? Como vou encaixar isso em meu road-map? 

Bom, primeiro de tudo, é preciso entender que autoridade significa, de acordo com o General Guidelines, algo ou alguém que é geralmente reconhecido. 

Ou seja, se a boutique de moda pretende ser uma autoridade no segmento que atua, é preciso que o mercado reconheça isso.

Portanto, não é apenas ser especialista, é preciso ser um dos líderes do segmento. 

Vamos exemplificar? 

Quando você está buscando uma informação médica, em qual fonte você busca? Lembre-se, o exemplo da informação médica é justamente para você pensar: “Informação médica é uma informação delicada, não posso ler em qualquer lugar”.

É justamente isso. As páginas, precisam ser uma fonte de informação, que além de possuir especialidade e autoridade, é preciso que gere confiança. Ops, dei um spoiler da nossa próxima seção. 

Confiabilidade: 

Ser uma fonte que é especialista, que é reconhecida como autoridade e que possui confiança, não é uma tarefa fácil, mas também, não é impossível. 

Para que os usuários possam confiar, é necessário que seja disponibilizado informações verdadeiras, honestas, concisas e precisas, e isso requer um trabalho de consistência, credibilidade e engajamento, para que no final gera confiança. 

A escada da confiança é uma metodologia de Product Market Fit, é quando o mercado tem afinidade com o produto, e para que possa chegar na afinidade, é necessário desenvolver ações, como se fosse uma escadinha, uma etapa de cada vez, até que seja completado o OKR.

A metodologia da Escada da Confiança, não é abordada no General Guidelines, mas se encaixa perfeitamente nas diretrizes do EAT.

Por fim, agora que você entendeu a importância do EAT, podemos seguir em frente e entender outras importantes diretrizes mencionadas no documento. Prometo que o conteúdo vai continuar com uma comunicação leve e descontraída. 

Agora que entendemos o EAT, vamos falar sobre YMYL e finalidade benéfica.

No início deste conteúdo, falamos que toda página, conteúdo ou informação precisa ter o objetivo de beneficiar o usuário. 

Existe uma frase no documento que é muito legal de ser demonstrada: “Conteúdo de alta qualidade é um conteúdo especializado e focado na necessidade da busca do usuário” 

Neste conceito, o Google explica a importância da diretriz YMYL. 

Calma, é uma sigla estranha. Mas não é difícil de entender. “Your Money or Your Life” em português: “Seu dinheiro ou sua vida.” 

O que esta diretriz quer dizer? 

Um exemplo bastante prático, é em nosso ambiente de trabalho, onde nossas horas, são contabilizadas e cada tarefa possui um valor financeiro.

Bom, quando pensamos na jornada de experiência dos usuários, é a mesma situação. Quando um usuário está navegando em uma página, ele está investindo o seu tempo e o seu dinheiro. 

Quando uma página não é projetada para beneficiar o usuário, não é possível encontrar as diretrizes do EAT e YMYL. E o que é mais perigoso, podem apresentar informações imprecisas, enganosas ou mentirosas, afetando a jornada do usuário de forma negativa e podendo afetar a integridade, felicidade, segurança, estabilidade ou saúde do usuário.

O Google leva muito a sério suas diretrizes, afinal é o seu produto. 

Como também, nenhum Product Manager vai querer entregar em seu Aha Moment algo que afete a felicidade do usuário, não é mesmo? 

De forma prática e com uma linguagem natural, entendemos que as diretrizes do EAT e YMYL trazem resultados positivos para a experiência do usuário e para as classificações orgânicas. 

Agora, vamos falar um pouco sobre a finalidade benéfica.

Qual é o objetivo de sua página? 

Acredito, que você tenha lembrado de alguma frase que está neste conteúdo. Afinal, todo conteúdo, informação ou página precisa beneficiar o usuário.

Durante todo o nosso conteúdo, falamos que as páginas precisam trazer benefícios para os usuários.

Segundo o General Guidelines: “As páginas devem ser desenvolvidas para ajudar os usuários.”

E nesse primeiro momento, é preciso que você entenda, que uma página benéfica não é simplesmente construir algo que você acha que é benéfica. 

Qualquer estratégia, sem entender números, é achismo. E achismo, não combina com gestão de performance. 

As páginas benéficas são traduzidas com altos índices de EAT e YMYL.

Precisam cumprir o objetivo pretendido, onde devem ser projetadas para serem centradas no usuário. Agregando, informando, ensinando e engajando as audiências. 

E para ter a certeza que uma página é benéfica, é preciso que seja gerado muita referência externa, desta forma, o Google consegue entender que a página é benéfica. É preciso entender padrões nos comportamentos dos usuários, com a finalidade da melhoria contínua das páginas, desde de um dado do Analytics, a um mapa de calor, é necessário entender se o objetivo está sendo realizado.

As páginas benéficas podem ser desde a venda de um produto ou serviço, instalação de um software, informar, educar ou compartilhar informações importantes sobre pessoas, tópicos ou do mundo. 

Na maioria das vezes, isso não ocorre no mercado. Muitas páginas são projetadas para ganhar dinheiro, sem nenhuma tentativa de ajudar os usuários, se tornando uma página de menor qualidade.

Segundo o General Guidelines, a finalidade benéfica é a primeira etapa para a classificação de qualidade de uma página. E isso, torna cada vez mais a importância no desenvolvimento de uma página para ajudar de forma VERDADEIRA o usuário.

O usuário sempre vem em primeiro lugar.

A finalidade benéfica é diretamente relacionada a finalidade focada no usuário, para que o beneficie de alguma forma.

Por fim, em nossa trajetória, entendemos confeitos importantes sobre o General Guidelines.

Se você leu até aqui, agradeço por ter investido o seu tempo e termos aprendidos juntos. Dessa forma, vamos educar o mercado em sua melhoria contínua.

Continue desenvolvendo os seus tentáculos, seja tão capaz quanto um polvo


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Nilton Alvares é senior CRO analysis na CoreBiz, atua no marketing digital a 6 anos e tem proposito forte e claro com a "educação aprendedora". Já ensinou em escolas e projetos, como: Gama Academy, Shawee e IxDa. Atualmente é autor da Semrush Brasil e tem especialidades em CRO, SEO, e BI. Nilton é natural de Natal, Rio grande do Norte e trás consigo a força calorosa e determinação de um potiguar.