SEO Internacional: Como Expandir o seu site para outros países (Highlights do Webinar)

Ewerton Silva

Fev 17, 202023 min de leitura
SEO Internacional: Como Expandir o seu site para outros países (Highlights do Webinar)

ÍNDICE

Hoje quero falar com vocês sobre a internacionalização de empresas. Estamos passando agora pelo esse processo aqui na Resultados Digitais. Durante essa expansão para outros países temos vários desafios, inclusive na parte de SEO e quero compartilhar com vocês os aprendizados principais que teve durante esse processo de internacionalização.

Acredito que estou conversando aqui com as pessoas que estão expandindo a empresa para outros países, para outros idiomas, ou estão pensando em expandir ou ainda não estão nesse processo de expansão, mas a ideia de começar expandir e vender para outros países e outras culturas já está dentro da empresa.

Eu lembro quando a gente começou com essa conversa aqui na RD, no final de 2016, que foi o ano que eu entrei na RD. Primeira coisa que todo mundo queria definir é para que país iriamos expandir e que idiomas iriamos trabalhar primeiro. E aquela empolgação de expansão internacional que é bem comum e quem já passou por isso sabe bem do que estou falando. Mas logo na seqüência, essa empolgação pelo processo de expansão internacional, começa a surgir as perguntas. Principalmente perguntas relacionadas ao SEO, relacionadas à estrutura do site.

Então, será que eu preciso comprar novos domínios no meu site? Como? Vamos precisar fazer uma estrutura por idioma, ou vamos fazer o site ali pensando já diretamente em países? E a questão de conteúdo? Vamos fazer um conteúdo traduzido? Faz sentido traduzir o conteúdo que tem para o Brasil? Desse jeito vai ter um conteúdo duplicado? Como que eu posso trabalhar isso? 

Então, o primeiro ensinamento que eu quero deixar aqui é que

a estratégia de SEO tem que caminhar junto com a sua estratégia de expansão internacional

Não adianta fazer uma estrutura de site por país se a sua estratégia de expansão internacional não é não é para países, mas para idiomas. O SEO internacional tem que ser para a sua empresa, não necessariamente para o Google. É bom alinhar isso desde de começo.

Aqui eu trouxe três pontos para se aprofundar mais na apresentação:

  1. A estrutura do site

  2. Canonical tag e Hreflang, que é uma parte um pouquinho mais técnica mas bem importante

  3. Keywords e conteúdo, que são os pontos que na época que a gente fez a expansão internacional e principalmente na época que eu comecei a olhar diretamente para isso foram os pontos que mais pegaram assim quando a gente falava de SEO.

Eu gosto muito da Toy Story e decidi preparar esse material inteiro com a analogia da Toy Story.

1. ESTRUTURA DO SITE 

Primeiro, vamos falar sobre estrutura de site que é uma dúvida bem comum para quem faz a expansão internacional. ​​

a) Temos a opção de trabalhar com uma estrutura de subdomínios.
Por exemplo, colocando em espanhol o "site.com", aqui podemos trabalhar com uma estrutura de subdiretório que seria um .com/es, isso é uma estrutura que é que nem o Rex do Toy Story: é uma estrutura que pode ser um pouco antiga, ou não é uma coisa que aproveita tão bem o que você já tem, mas aos trancos e barrancos você consegue atingir um resultado. Mesmo com os bracinhos pequenos ali, com rabo grande, a estrutura de subdomínio você consegue chegar lá.

b) Já a estrutura de subdiretório é uma estrutura popular, é uma estrutura estilo Woody, é uma estrutura que várias empresas utilizam hoje, é uma estrutura que se aproveita muito da força do domínio, da força da marca. E ela é uma das estruturas mais populares, assim como o personagem. 

c) Tem também a estrutura de URL de ccTLD, que seria um .com.br ou um .com.mx. Essa estrutura tem muito a ver com Buzz porque também é popular, mas menos popular que a de subdiretório. É uma estrutura muito cara, então é uma estrutura que você precisa comprar aquele domínio em cada país e garantir uma perenidade na sua marca em outros países também, você vai ter que ter servidores e toda estrutura por trás desses domínios para manter esses sites, que acaba ser bem caro. E é uma estrutura mais robusta também. Embora tudo, essa estrutura funciona muito bem até por quesitos de localização.

Então, enquanto no subdomínio, no subdiretório, é mais difícil para o Google entender se aquele es.site, significa mesmo que o site é em espanhol ou é para a Espanha, ou é alguma sigla que tem na sua empresa que é “es” e não tem a ver necessariamente com o idioma ou com o país. Subdiretório é a mesma coisa. 

O ccTLD que é .com.es, é certeza que ele é para a Espanha, então não tem outra opção, o Google entende isso já de cara. Essa é a grande vantagem.

Um exemplo de empresa que usa essa estrutura de ccTLD de site é a Chevrolet, então cada país do site deles tem a sua com.br, .com.mx. 

d) Temos também uma quarta opção que eu trouxe como vilão da história, que são parâmetros na URL, que é pra colocar em um ponto de interrogação. São umas informações a mais na URL, para diferenciar elas de acordo com o idioma, ou de acordo com o país. Isso é bem riscado porque é algo que você não deve fazer. O Google está falando isso, então não faça parâmetros na URL porque é difícil de entender, difícil de processar e não traz nenhum benefício para o seu site.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Na tabela em baixo você consegue ver um compilado de vantagens e desvantagens. 

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ccTLD

A grande vantagem dela: 

  • Segmentação geográfica clara

Algumas desvantagens dela: 

  • Só serve para países, então você não pode fazer para idioma 

  • A estrutura e a manutenção dela é cara

  • Cada site vai começar com uma autoridade do zero, você não vai aproveitar a autoridade do seu domínio 

Essa opção faz muito sentido para empresas que a marca já se vende automaticamente como o exemplo da Chevrolet.

O subdiretório (.com/mx) 

As vantagens dele: 

  • Serve para país ou idioma

  • É fácil de separar e manter os sites, então a parte de estrutura é mais fácil de trabalhar

  • Mantém a autoridade do domínio, que é uma grande vantagem dele

A desvantagem dela:

  • A questão da segmentação geográfica mais fraca, e fica mais difícil para o Google entender. Não que é impossível, mas não é tão claro como um ccTLD

O subdomínio

As vantagens dele: 

  • Serve para país ou idioma

  • É fácil de separar e manter os sites, então a parte de estrutura é mais fácil de trabalhar

A desvantagem dela:

  • A questão da segmentação geográfica mais fraca

  • A autoridade vai começar do zero. Esse ponto é controverso, algumas pessoas dizem que subdomínio mantém autoridade do site, há algumas pessoas do próprio Google já falaram isso, mas na prática sabemos que na maioria das vezes isso não é verdade, um subdomínio começa com autoridade do zero. Essa é uma das desvantagens que temos aqui quando estamos falando de subdomínios.

Importante: não esqueçam que o parâmetro na URL não é uma opção. Tira essa ideia da lista porque não serve.

Para entender mais fácil qual é a melhor segmentação, qual é a melhor forma de trabalhar essa estrutura de domínios de acordo com a estratégia, eu trouxe aqui um gráfico do Deepcrawl, que fala se a sua estratégia é para o país ou é para idioma. 

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A minha estratégia é para o país? - então tá -> os meus concorrentes estão usando ccTLD? Sim ou não? - Ah, eles estão usando -> A autoridade do domínio dos seus concorrentes é muito alta? - Sim -> Então, se eles estão usando ccTLD, mas eles têm autoridade muito alta vai ser difícil alcançar eles, então é melhor eu usar o subdiretório. Já se eles usam ccTLD, e não têm uma autoridade muito alta eu posso usar ccTLD, que vai ficar fácil de ultrapassar eles. Então a melhor opção seria usar ccTLD. Isso aqui é uma forma bem legal de entender qual é a melhor forma de trabalhar essa arquitetura, de acordo com a sua estratégia. 

EXEMPLO DA RESULTADOS DIGITAIS

Agora trazendo o exemplo aqui da RD. Na nossa parte de expansão internacional usamos o site da RD Station, porque para o Brasil a marca da Resultados Digitais faz muito sentido, mas quando começamos a falar de outros idiomas já não é uma marca tão clara. Então decidimos usar o site rdstation.com para colocar como um site global.

Quando começamos o trabalho, começamos por idiomas, estratégia, então começamos pelo rdstation.com/es. Mas por algumas limitações até de estrutura de Wordpress, questão de multisites colocamos o /es no blog, depois de /blog, /es e no resources, que é onde ficam nossos e-books e materiais gratuitos, colocamos também /es depois. Então, se você prestar atenção nessa estrutura você vai ver que não tem uma perenidade aqui, não tem um padrão para o Google seguir. Então tem mais dificuldade - já não foi fácil o Google entender que eu estou falando de uma segmentação de idioma. Se eu não tenho um padrão já fica difícil para o Google entender que realmente se trata de uma segmentação por idioma, ainda mais se o “es” às vezes está antes, às vezes está depois.

Por isso mudamos a estratégia durante o percurso e começamos a trabalhar com foco para Colômbia e México. Aqui é uma página sobre redes sociais, que eu otimizei com foco em gerar mais tráfego e mais posicionamento nesse país. Para gerar um tráfego de uma forma mais rápida e trazer resultados fiz várias atualizações ao paging, linkagem interna e incluindo alí um vídeo, melhorando o title, colocando o playbook de SEO em prática e tudo isso no final deu resultado. Nossa posição média subiu bastante. 

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Porém subiu para a Argentina. Então já falei um pouco da questão da estratégia de país foco versus estratégia de idioma. A nossa estratégia era diferente, a nossa estratégia não era pra todos os países que falam o idioma espanhol. A nossa estratégia focava na Colômbia e México. Mas as otimizações que eu fazia, eu não podia deixar tão claro que era para Colômbia ou que era para o México, pela questão que a segmentação do conteúdo era por idioma. Por isso o resultado acabou ser inesperado e não trouxe nenhum benefício para a estratégia, porque na época não temos foco na Argentina.

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No meio desse ano mudamos a estratégia geral e a estratégia de arquitetura. Colocamos países como foco da estratégia. Isso significa se antes era rdstation.com/es agora é rdstation.com/co, para a Colômbia, /mx para México. E também colocamos a informação de país para sempre ser a primeira informação da URL, então virou /mx/blog, /co/resources, toda a nossa estrutura à parte de país ficou sendo a primeira informação de subdiretório de todas as nossas URLs.

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Hoje com essa página de redes sociais estamos em primeiro lugar tanto para Colômbia quanto para México, com estrutura antiga não conseguimos chegar ao este resultado. Principalmente porque não conseguimos trabalhar o conteúdo de uma forma personalizada para cada um dos países, e hoje com a estrutura de país eu consigo. Isso deixa muito claro a importância da sua estratégia de conteúdo, sua estratégia de arquitetura de domínio, tem que estar de mão dada com a estratégia de expansão internacional.

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2. CANONICAL TAG E HREFLANG

O próximo tópico é a parte mais técnica: canonical e Hreflang. 

Canonical Tag

Canonical tag é um assunto já bastante conhecido para quem já é da área de SEO. Continuando com a analogia do Toy Story - canonical tag se usa para dizer para o Google qual versão eu quero realmente ranquear, qual é a página principal que eu quero que o Google olhe e indexe.

Isto é feito para evitar o conteúdo duplicado, páginas erradas indexadas. O Google sempre vai seguir minha canonical tag? Não, não necessariamente. Se o Google entender que você está indicando uma outra página via canonical tag, essa página não tem nada a ver com a página atual, que ele está lendo código, ele não vai levar sua canonical tag em consideração. Se o conteúdo está totalmente diferente não pode colocar a canonical de uma para outra.

Então pegando aqui explicação de canonical tag eu tenho a versão original e nas versões duplicadas eu indico qual é a minha versão original, qual é a versão que o Google deve ranquear. Inclusive, na versão original é considerado uma boa prática, ela ter uma self canonical, quer dizer ela ter uma canonical tag para ela mesma.

Hreflang

Eu falei um pouco aqui de canonical, mas quando a gente fala de internacionalização, de expansão internacional, Hreflang se torna um protagonista também no código do site. Então pegando o exemplo aqui vamos trabalhar ali com países hispânicos, vamos fazer conteúdo para México, Espanha e Colômbia. Mas a minha página do México está ranqueando bem só na Colômbia. A minha página de Espanha está ranqueando bem na Espanha, mas também está ranqueando bem no México. E a minha página da Colômbia não está aparecendo em nenhum dos três países.

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Isso pode ser porque o Google não entendeu claramente essa sua estratégia de países principalmente se você não usa ccTLD, se você não usa .com, .mx, .com.co, então tem essa dificuldade de entender qual é o melhor conteúdo para cada país, ou para cada idioma. Com a tag Hreflang, podemos conseguir dizer para o Google: essa versão é para o México, essa versão é para a Espanha, e também é uma versão mundial? Então para outros países leve essa versão em consideração, e a terceira versão - é só pra Colômbia.

E um ponto importante é que elas - cada uma das páginas - tem que ter canonical para todas elas.

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Para deixar isso mais claro, eu posso dizer hoje que a página de resultados de rdstation.com/es/marketingdigital é a versão em Espanhol de um conteúdo da Forbes em Inglês sobre marketing digital. Está em primeiro nos Estados Unidos por exemplo. Mas lá na página da Forbes eles nem sabem que eu estou fazendo isso, eles nem colocaram essa informação em código nenhum, que eu tentando aqui manipular o Google, dizer para ele uma informação equivocada. Então o Google não vai levar essa minha tag Hreflang em consideração.

Todas as páginas que são citadas na tag precisam estar no código. Então no código da versão mexicana eu não vou colocar só uma Hreflang para ela, eu vou colocar a Hreflang da versão em espanhol e da versão colombiana. Trazendo um exemplo de código eu tenho o x-default que é a primeira linha logo abaixo de head, que é a Hreflang que eu indico para o Google que é para todo o mundo, todos os países ou idiomas, fora o que eu estou indicando abaixo. A segunda linha alí que é o /es, eu só tenho no Hreflang o “es”, quer dizer que essa página é a que eu tenho para todos os países, para todos os usuários que o idioma principal é o espanhol.

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Nesse caso eu não estou indicando o país. Esse é um ponto importante: eu posso fazer Hreflang falando só do idioma, só de país eu não posso. Idioma é informação obrigatória da tag Hreflang, país não. E é uma boa prática eu ter a versão só do idioma.

Por exemplo, eu tenho a versão para o México, a penúltima linha para a Colômbia, a última linha de Hreflang, e antes delas eu tenho uma versão original só para outros países que falam espanhol também, outros usuários que o idioma espanhol mas não se encontram nesses países.

Caso não tenha uma página /es eu posso indicar escolher o /mx ou o /co para indicar essa página para outros países, outras localidades. Mas é importante eu sempre ter uma versão mais genérica falando só do idioma. Se a minha estratégia é só por idioma, não faz sentido eu incluir as informações, as linhas ali de segmentações para o país. Mas a minha estratégia é países, aí faz muito sentido.

Aqui é um exemplo de página, a diferença que teve depois que colocamos a Hreflang indicando que a página era para Portugal, que antes a nossa página a versão de Brasil é que ranqueava muito bem para Portugal e trazia muito tráfego do país, só que temos também uma versão daquele conteúdo totalmente em português de Portugal dentro do site RD Station. Então depois que incluímos Hreflang na página falando que essa página é uma versão em português de Portugal daquela página que é do Brasil, o Google meio que inverteu as coisas e começou a mostrar a de Portugal no ranking. Isso quer dizer que toda vez que usar Hreflang o meu posicionamento vai se replicar nos países ou nos idiomas? Se eu estou em primeiro lugar para redes sociais no Brasil e bota uma Hreflang dizendo que eu tenho uma versão daquele conteúdo em espanhol, eu vou ficar em primeiro lugar no México também? Não, não é isso que quer dizer.

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Estamos simplesmente ajudando o Google a entender a organização das informações do nosso site, e ajudando o Google a mostrar o melhor conteúdo que a gente tem. No caso de Portugal versus Brasil, o que aconteceu foi, que a versão de Portugal meio que assumiu o posicionamento, que a versão de Brasil tinha no ranking geral. Mas no final, com as tags certas, a versão de Portugal até gerou um posicionamento ainda melhor, por ser um conteúdo personalizado para aquele país.

Erros Mais Comuns

Trazendo aqui alguns erros mais comuns quando a gente fala de Hreflang: 

  • Só incluir o país, como eu falei ali atrás, é importante ter o idioma. O idioma é a informação obrigatória de Hreflang, o país é opcional. Só o país invalida a Hreflang

  • Não incluir o ex-default que é a informação para o resto do mundo, qual página eu quero exibir. Não que vai invalidar a sua Hreflang, mas aí o Google vai escolher o que achar melhor. Então é importante incluir o ex-default também

  • Indicar uma página bloqueada. Então se eu coloco na minha Hreflang a versão /mx, /co, /es, continuando aqui no exemplo de espanhol, mas a versão /mx ela está sendo bloqueada pelo robot, ela está como index, ela está com um bloqueio para o Google. Vai invalidar essa nossa Hreflang também. Porque na hora que o Google vai bater lá naquela página para ver se o código está lá também, ele não vai conseguir ler. Então é bem importante não indicar páginas bloqueadas no código Hreflang

  • Não incluir em todas as páginas. Também como eu falei em cima, toda a página que está envolvida no código, precisa ter o código no seu corpo de código, enfim, no seu html. Se eu não incluir uma página já invalida toda minha Hreflang que envolvem aquelas páginas. Então novamente, eu tenho a página /es para espanhol global, /mx, /mx para México, /co para a Colômbia. Se na página /mx eu não incluir esse código falando das três páginas de seus idiomas e países já invalida toda a minha Hreflang

  • Canonical tag para outra página. Se eu estou fazendo uma Hreflang dizendo que aqui é a versão para México e eu como coloco uma canonical tag indicando uma outra página, fica difícil para o Google entender. Por que eu estou dizendo que essa é a página certa mas na verdade, na canonical que eu estou dizendo que não. Isso é um erro que muita gente tem de colocar canonical tag em todas as páginas envolvidas, focando em uma só. Então a minha página para México tem canonical para /es, a minha página para a Colômbia tem uma canonical para /es. Está errado. Eu posso fazer self canonical, nesse caso que é: ela tem uma canonical para si mesma. Mas não indicaria a canonical tag para uma outra página, porque no Hreflang eu já estou indicando o Google a página certa relacionada para aquele país 

  • Código fora do padrão. Então hoje a gente tem esse padrão ISO para código de idioma e para o código de país. Se eu fizer fora desse padrão o que eu posso estar dizendo para o Google é uma informação equivocada de para qual país eu quero indicar aquele conteúdo. Se ao invés de eu botar /mx, falando que eu quero mostrar esse conteúdo no México eu boto um /me, então se esse código não existe na lista, vai invalidar minha tag, e se existe eu vou mostrar para um país totalmente diferente do que eu pretendia. Então, é um outro ponto de atenção. 

DICA: ferramenta Hreflang Tags Testing Tools 

Só coloca o link da página e consegue ver como está o código de referência, se está tudo certinho, se tem alguma coisa que precisa corrigir. É bem interessante para começar a testar e ver se está certo a forma que você está aplicando essas tags Hreflang. Tanto se você faz no código da página quanto se você faz um Hreflang via site map, que também tem essa possibilidade.

3. KEYWORDS E CONTEÚDO

Última coisa que queria comentar é sobre a relação de keywords e conteúdo, quando a gente está falando de expansão internacional de sites e conteúdos para outros idiomas e outros países. 

Dicas

  1. Não usa o que está funcionando para o Brasil como uma regra para os outros países ou para outros idiomas

    Não necessariamente o conteúdo que gera tráfego aqui vai gerar lá. Não necessariamente o conteúdo que gera leads qualificados para você aqui, vai gerar lá. Então é muito importante ter uma pesquisa de palavras chave dedicada para esses países ou para esses idiomas.
    Pegando um exemplo de marketing de conteúdo, a palavra-chave. No Brasil ela tem um volume alto, ela tem um CPC alí alto também, uma concorrência na média, e ela parece ser uma uma palavra-chave muito boa para trabalhar. Então ela tem um gráfico de tendências sempre subindo. Mas quando se trata de marketing de conteúdo na Colômbia, tem um volume um pouco mais baixo, tem um tráfego que está estagnado. CPC mais baixo também. Então essa palavra-chave talvez tragará um público mais qualificado, um público mais pronto para converter.

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    Para o Brasil faz muito sentido priorizar essa palavra-chave, e a SEMrush pode entregar essas informações. Mas será que para a Colômbia faz sentido eu priorizar essa palavra-chave? Faz sentido produzir um conteúdo para ela, se tem um volume de buscas relevantes. Mas tem outras palavras que vão ser mais prioridade com certeza.
  2. Não se limite em só traduzir o que você está fazendo para o seu país

    Então se você está com vários posts legais para o Brasil, só traduzir eles para outros idiomas não vai garantir um bom resultado. Então, eu vou falar um pouquinho aqui sobre a questão cultural. Quando a gente está falando sobre redes sociais mais utilizadas por exemplo, um post sobre redes sociais, muitas redes sociais que fazem sentido para o Brasil não vão fazer para outros países.
    Ferramentas que a gente fala que não vai fazer sentido para os outros países e até exemplos. Por exemplo de uma página sobre links patrocinados - no Brasil tira um print do Google Ads, e trago ali os anúncios de Netshoes, ou sei lá, anúncio de Magazine Luiza. É legal eu trazer esses exemplos para cada país, ou para o seu idioma, que faça sentido para o usuário. Então se você vai traduzir, se você vai começar com uma estratégia de tradução, recomendo muito você fazer uma adaptação total do conteúdo para o país ou para o idioma.
    Esse é um ponto chave para ter uma maior personalização, para o usuário se identificar mais com seu conteúdo e não gerar um mal-estar do tipo: fazer ali - como aquele episódio de Chaves que eles vão para Acapulco, e esse é um episódio dividido em duas partes: uma parte eles falam que estão em Acapulco e outra parte eles falam que estão no Guarujá. Então, eles até tentaram ter uma identificação maior com o público Brasileiro falando que estavam no Guarujá, mas na segunda parte do episódio eles falam que estão na verdade em Acapulco, então fica meio complicado. Se fosse inteiro falando que era Guarujá, eu tenho uma identificação muito maior, mas hoje a gente quer, todo o mundo quer conhecer aquele hotel maravilhoso de Acapulco um dia na vida.
  3. Avaliação de concorrentes

    Então essa é uma forma bem simples de ver quais keywords eu posso focar em outros idiomas, em outros países. Porque às vezes é difícil. Eu tenho a keyword de semente, aquela keyword que começa a minha pesquisa de palavras-chave. Em outros idiomas nem sempre vai ser a tradução literária da minha keyword do Brasil.
    Pegando aqui então o exemplo da SEMrush de novo, tem outras ferramentas também no mercado aí para você usar. Na SEMrush, tem a pesquisa de palavras-chave muito aprofundada e ajuda muito nesse trabalho de expansão internacional, nesse trabalho de produção de conteúdo.

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    Estão pegando aqui um concorrente de conteúdo, que é diferente de um concorrente de produto, nesse caso aqui a Inbound Cycle, ela é uma agência que tem muito conteúdo de Marketing Digital bem posicionado no Google. E jogando eles ali, o site deles na SEMrush, já tem várias idéias de conteúdo que eu posso produzir: Podcast, lead, inbound marketing. Vários assuntos que eu possa abordar em conteúdos, que está me apresentando um volume legal de buscas e dificuldade. Enfim várias informações. Inclusive eu posso usar essas informações para fazer uma pesquisa mais aprofundada.
    Eu estou vendo aqui por exemplo que inbound marketing é a forma que eles pesquisam também no México. Então eu posso fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre inbound marketing e ter novas idéias de produção de conteúdo dedicado ali, em espanhol, ou até dedicado para o povo mexicano.
  4. Pesquisa palavras-chave em países diferentes

    É um ponto essencial se você está trabalhando principalmente uma estratégia para países. Às vezes o que está sendo falado um país não é a mesma forma que falam no outro.
    Então pegando o exemplo aqui que eu tive recentemente, para fazer um conteúdo sobre análise “swot”. Pesquisamos na SEMrush para cada país a análise SWOT, mas não em todos países essa análise chama de análise “swot”, isso não é a forma mais comum. As formas que tem o maior volume para a Colômbia é análise “dofa”, para a Espanha análise “dafo”, e para México análise “foda”.

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    Então cada um fala de um jeito essa informação, e se eu fizesse só a análise “swot”, sem fazer essa pesquisa um pouco mais aprofundada, eu não teria tanta relevância para essas buscas, que tem o maior volume de todos. Então aqui, principalmente se eu tenho uma estratégia por país, eu consigo trabalhar muito bem essa diferença nas keywords de cada um dos países.
  5. Dica extra: Aproveite a expansão para gerar leads locais

    É uma excelente forma de você ganhar autoridade, de Google entender que realmente você faz sentido. Faz sentido o Google mostrar resultados do seu site naqueles países. Porquê? Porque se trata de uma expansão internacional. A sua empresa está indo para a Colômbia. Isso é notícia para jornais de nicho na Colômbia.Se você está indo com um Ecommerce, se você está indo com uma empresa B2B, uma empresa de software, vale a pena usar a assessoria de imprensa, às vezes até fazer um contrato pontual com alguma assessoria de imprensa local, para fazer isso virar notícia. Que a empresa Brasileira tal, está indo para a Colômbia, a empresa Brasileira tal está chegando no Egito. E é uma forma de gerar leads, de gerar menções em jornais e em portais locais, e construir essa autoridade nesses novos mercados desde o momento zero, desde o ponto que você está anunciando essa expansão internacional. Então isso é muito importante pra começar, já chegar chegando nos novos países, já começar com o pé direito e começar essa construção de autoridade.
    Aproveita essa notícia de que você está expandindo para gerar autoridade nos locais.

CONCLUSÃO

A estratégia de SEO tem que estar de mãos dadas com a estratégia de expansão internacional. 

Se a estratégia de expansão internacional vai ser para determinados países, a estratégia de SEO tem que seguir nessa mesma linha. Não adianta eu começar por idioma porque é mais escalável, mas eu vou estar ranqueando bem no país e provavelmente eu não vou estar ranqueando bem onde eu queria estar.

Para terminar a apresentação quero falar desses três pilares de SEO internacional: a estrutura do site, canonical tag e hreflang, keywords e conteúdo. Tem mais detalhes, tem mais pontos? Tem, com certeza. Mas aqui eu tentei cobrir os principais pontos, as principais dificuldades que a gente teve aqui também nesse processo de expansão internacional.

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Bacharel em Publicidade e Propaganda pela Universidade do Vale do Itajaí, há mais de 6 anos estuda e trabalha com Marketing Digital. Já atendeu clientes de diversos segmentos atuando em agências e também como Consultor Especialista. Atualmente é Analista de SEO na Resultados Digitais.