Maiores apostas de marketing de conteúdo 2020

Leonardo Ponso

Mai 26, 202021 min de leitura
Maiores apostas de marketing de conteúdo 2020
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ÍNDICE

Você sabe como fazer marketing de conteúdo em 2020?

Por ser uma área que evolui tanto com o passar do tempo, quem não estiver atento às últimas tendências e novidades terá um inglório lugar reservado longe das primeiras posições do Google.

O volume de posts de blog criados diariamente é imenso. De acordo com o WordPress, foram mais de 2,383 milhões por dia em fevereiro de 2020, isso contando apenas os que estão relacionados à plataforma. Por isso, saber como se destacar é essencial.

Se você não sabe o que fazer para ranquear bem no Google, veio ao lugar certo. Se já é bem experiente na área, também deve aprender algumas coisas novas ou reforçar conceitos antigos, então também vale a leitura.

Venha comigo e descubra o que fazer para chamar a atenção em meio à multidão de conteúdos!

Como fazer marketing de conteúdo em 2020 e alcançar as melhores posições no Google?

GIF animado de um pug subindo os degraus da escada de uma casa, pulando e sem parar, até que chega ao topo.
Suba tanto na SERP quanto esse catioro sobe a escada

A importância do marketing de conteúdo é indiscutível, mas fazer por fazer não é o suficiente. Dá só uma olhada em algumas estratégias, técnicas e práticas que merecem ser aplicadas:

Agregue valor ao conteúdo com estatísticas, informações relevantes e citações...

GIF animado de Caco, sapo dos Muppets, bate palmas e balança a cabeça sem parar em frente a uma cortina vermelha. Na parte superior da imagem há um texto que diz "Yay Statistics", em inglês.
Coloca estatística nesse conteúdo, meu chapa!

Aqui temos uma das muitas dicas que a Carolina Peres me ensinou (valeu, Carol!), e eu tenho certeza absoluta que isso faz toda a diferença para que o conteúdo ganhe relevância e autoridade e, consequentemente, traga bons resultados.

Saber como fazer marketing de conteúdo não passa apenas por escrever bem. Se assim fosse, seria praticamente impossível competir com autores e escritores profissionais pelas primeiras posições dos rankings.

Uma das melhores práticas para agregar valor ao seu conteúdo é utilizar dados interessantes, informações relevantes, passagens históricas, citações e quaisquer outros elementos que transcendam o trabalho do redator.

Eu poderia dizer que alguns trabalhadores nos Estados Unidos têm medo de perder seus empregos. Parece verdade, mas em que isso se baseia? É só na minha opinião ou tem algum estudo por trás? Essa incerteza gera dúvida na credibilidade do conteúdo e o compromete.

Por outro lado, eu posso dizer que 11% dos trabalhadores dos Estados Unidos disseram, em 2018, que existia “muita” ou “alguma” chance de serem cortados no próximo ano, o que resultou em um ligeiro aumento em relação aos números de 2017, que estavam em 8%, de acordo com uma pesquisa da Gallup.

A informação é a mesma, mas viu como a segunda passa muito mais credibilidade que a primeira? Ela traz uma estatística, ou seja, foi feita uma pesquisa para que se chegasse a este número, e isso faz toda a diferença.

Com isso, seu conteúdo não terá apenas caráter opinativo, mas também informativo. Assim, os leitores tendem a atribuir mais credibilidade e ele e, consequentemente, à empresa que o divulgou. Isso a torna uma fonte relevante e confiável de informação.

Felizmente, a praticidade do Google nos dá acesso a milhões de pesquisas e dados estatísticos, ou seja, quase sempre haverá algo relacionado ao conteúdo que você está criando.

Se não achar nada exatamente do mesmo assunto, tente encontrar algo correlato, que não fuja muito do tema proposto e, com isso, aumente sua autoridade, credibilidade e relevância.

Outra alternativa interessante é recorrer a citações de livros e entrevistas que corroborem com o tema proposto. Assim, você poderá ter uma opinião relevante associada à ideia que se deseja transmitir, o que também torna o conteúdo mais confiável.

Tudo isso é corroborado pelo Google, como neste post do Blog Central para Webmasters, que fala sobre o que os webmasters precisam saber sobre suas principais atualizações.

No tópico “Foco no conteúdo”, a primeira pergunta é a seguinte:

O conteúdo mostra informações, relatos, pesquisas ou análise originais?

Além disso, no tópico “Perguntas sobre o nível de especialização”, veja o que aparece:

Se você fizesse uma pesquisa sobre o site que produz o conteúdo, ficaria com a impressão de que ele é confiável ou amplamente reconhecido como uma autoridade no assunto?

Os dois itens assinam embaixo do que vimos anteriormente. Informações trazem credibilidade e transformam bons sites em autoridades em seus respectivos segmentos.

Inclusive, aproveito aqui para recomendar que todo redator leia o post citado no blog dos Webmasters. Ele é crucial para a produção de conteúdo, já que contempla vários dos itens que melhoram a percepção de qualidade por parte do Google.

...e dê o devido crédito a eles

GIF animado de um rapaz, de cabelo liso, com barba e uma camiseta azul, falando algo enquanto está, aparentemente, dentro de um armário. Enquanto ele fala, sobe um texto com a mensagem "Copyright infringement alert!", em inglês.
Não queira receber esse aviso na sua tela!

Acredito que isso tenha ficado claro no tópico anterior, mas não é demais ressaltar. Além de ter dados, pesquisas, citações ou outros elementos relevantes e que agreguem valor e credibilidade, é fundamental que as fontes sejam devidamente creditadas.

No mesmo post do blog dos Webmasters do Google, há o seguinte item em “Perguntas sobre o nível de especialização”:

O conteúdo apresenta as informações de maneira confiável, com indicação clara da fonte, evidências do uso de conhecimento especializado e dados sobre o autor ou site da publicação (como links para uma página de apresentação)?

Portanto, não basta apenas usar um material ou conteúdo de outra pessoa ou empresa: é essencial creditar o responsável. E se o próprio Google está falando isso, ele dará seus pontinhos a mais para quem seguir a receita.

Torne seus conteúdos escaneáveis

GIF animado de um senhor idoso correndo seus olhos sobre algo, como se estivesse "escaneando" algum conteúdo.Objetivo: fazer com que os leitores fiquem assim

Você já ouviu falar sobre escaneabilidade? Uma palavra difícil, mas cujo significado é simples: o conteúdo deve ser fácil de ser “escaneado” por nossos olhos, ou seja, estar disposto de uma forma que torne a leitura confortável e agradável. De acordo com um estudo feito pelo American Press Institute, quanto mais longas são as frases, menos os leitores compreenderão o que está escrito. Se você chegou até esta parte do parágrafo, parabéns!

Notou alguma coisa de diferente no parágrafo anterior? Pois é, ele não está nada escaneável. Mesmo com dados devidamente creditados e informações relevantes, o conteúdo parece estar denso e difícil de entender, e a tendência é de pular aquele parágrafo - ou mesmo desistir da leitura.

Se você fez isso com o primeiro parágrafo, peço encarecidamente que volte e leia o que ele tem a dizer. Espero que este choque de realidade te faça sempre lembrar de que frases curtas são melhores e mais confortáveis rs.

Pronto? Então vamos lá.

Continuando, o estudo do American Press Institute constatou o seguinte:

  • Quando o tamanho médio de uma frase em um conteúdo foi menor que oito palavras, os leitores entenderam 100% da estória.

  • Até mesmo com 14 palavras, eles puderam compreender mais de 90% das informações.

  • Porém, quando as frases tinham até 43 palavras, a compreensão caiu para menos de 10%!

Para fins de comparação, o primeiro parágrafo desta seção teve 72 palavras. Se eu não tivesse dito novamente o nome do instituto responsável pela pesquisa, provavelmente você teria esquecido, ou seja, a retenção de informações cai muito.

Se você cria seus conteúdos no Word ou no Google Docs, uma dica legal é a de tentar deixar o máximo possível de frases com até 3 linhas (considerando a fonte Arial 12, com espaçamento e margens comuns).

Isso não quer dizer que você nunca pode passar dessa quantidade. Vários parágrafos deste texto passaram de três linhas e de 42 palavras, mas é bom ter isto em mente para evitar construir densos blocos de texto que espantam os olhos quase que de imediato.

Além do tamanho dos parágrafos propriamente dito, você também pode (e deve) “quebrar” o texto com imagens, GIFs, vídeos, tabelas e outros elementos gráficos. Assim, a leitura torna-se menos maçante.

Por último, mas não menos importante, considere a presença do blank space, o espaço em branco. O ideal é que o layout do site seja configurado para ser limpo, com espaço vazio suficiente em suas laterais e entre os parágrafos, justamente para facilitar a escaneabilidade.

Otimize-o para pesquisas de voz

GIF animado de Will Smith no filme "À procura da felicidade", onde ele aparece batendo palmas em destaque em meio a uma multidão de pessoas andando.
Uma salva de palmas para as assistentes virtuais!

Seja você do time “OK, Google”, “e aí, Siri”, “Alexa” ou “ei Cortana”, é fato que as pesquisas por voz já são realidade.

Inclusive, o blog da SEMrush já cantou essa bola há tempos. O artigo “Por que a busca por voz vai mudar drasticamente a maneira de fazer SEO” é de 1º de junho de 2017, ou seja, tem mais de dois anos e meio.

Hoje, podemos comprovar que isso é verdade, e se você realmente quer saber como fazer marketing de conteúdo, não dá para deixar isso de lado.

Dá só uma olhada em algumas estatísticas que separamos sobre o tema, acompanhadas de suas respectivas fontes:

  • 20% das pesquisas no app do Google são feitas por voz (Think With Google). PS: o número é de 2016, ou seja, já deve ser bem maior!

  • Estimava-se que, em 2020, 30% das sessões de navegação na internet seriam feitas sem uma tela (Gartner).

  • Até o final de 2019, foram vendidos 146,9 milhões de alto-falantes inteligentes (os smart speakers) em todo o mundo (Strategy Analytics).

  • O mercado de compras por voz deve atingir um faturamento de US$ 40 bilhões em 2022, saindo de US$ 2 bilhões em 2018 (PR Newswire).

Muitos motivos podem explicar este crescimento, mas, basicamente, pesquisar por voz é mais rápido, conveniente e adequado para dispositivos móveis, o que é uma bela combinação de fatores.

Pois bem, quem faz pesquisas por voz espera obter o melhor resultado de sua solicitação, certo? E é então que você me pergunta: o que fazer para fazer com que aquele resultado seja o conteúdo criado por você?

Algumas sugestões valiosas são as seguintes:

  • Inclua respostas curtas em seu conteúdo. Os assistentes virtuais gostam de respostas curtas e diretas, e tê-las em meio ao seu conteúdo é uma excelente ideia para satisfazer a intenção de busca daqueles usuários.

  • Use palavras-chave de cauda longa no conteúdo. As pesquisas por voz podem ser mais longas que as digitadas e, portanto, resultar em palavras-chave de cauda longa. A boa notícia é que elas podem ser inseridas no meio do conteúdo e não precisam aparecer no título. Um estudo do Backlinko constatou que em apenas 1,71% das pesquisas por voz a palavra-chave aparecia no título da página.

  • Escreva de maneira natural. As pesquisas por voz são menos “robóticas” que as feitas com um teclado. Logo, conteúdos escritos com uma linguagem natural e simples de entender tendem a aparecer mais. Isso, inclusive, não se aplica apenas às pesquisas por voz. Facilite a vida do seu leitor!

  • Otimize para os featured snippets. Nós vamos falar mais sobre eles depois, mas o mesmo estudo do Backlinko mostrou que 40,7% dos resultados das pesquisas por voz vieram do featured snippet.

As pesquisas por voz já são realidade e devem ser cada vez mais realizadas. Portanto, sempre pense nisso quando for criar seus conteúdos.

As dicas foram obtidas deste belo artigo do Brian Dean, do Backlinko. Recomendo fortemente a leitura para quem quer entender mais sobre este segmento que já é um sucesso e tem um crescimento bastante promissor.

Confira também: Otimização da pesquisa por voz: 7 estratégias para obter melhores resultados

Crie os conteúdos pensando no seu usuário

GIF animado de gatos digitando em um teclado. São três cenas diferentes, sendo que os dois primeiros teclam em um notebook e o último em um computador de mesa.Pense sempre no seu usuário (seja ele quem for)

Todo produtor de conteúdo já deve ter tido uma dúvida: será que eu crio meus conteúdos tendo o Google ou o usuário como foco?

A pergunta é bem interessante, já que parece mudar totalmente a forma com a qual produzimos. Porém, ao analisar de perto, essa diferença é bem menor do que pensamos.

Você sabe qual é a missão do Google, desde que a empresa começou? De acordo com a página “sobre o Google”, é a seguinte:

Nossa missão é organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos.

Portanto, o objetivo do Google é servir ao usuário, certo? Com isso, já conseguimos responder a pergunta que fiz um pouco antes.

Quem realmente sabe o que é marketing de conteúdo entende que a satisfação do usuário deve ser o objetivo. Pense nos resultados que você gostaria de ter ao pesquisar qualquer coisa no Google.

Se você quiser se aprofundar no tema, leia o artigo que criei sobre conteúdo para usuários ou para as máquinas de pesquisa.

Por mais que você já saiba a resposta, ele tem toda uma linha de raciocínio, com informações históricas, estatísticas interessantes e exemplos práticos de como as técnicas de SEO, que geralmente pensamos ser para os robôs, servem perfeitamente para atender o interesse dos usuários.

Otimize suas imagens

GIF animado em que a foto de uma iguana sobre um tronco é manipulada em um software de edição de imagem. A animação simula a compressão do tamanho do arquivo, sendo que há uma barra cinza na parte inferior, onde está escrito "Before - 700 KB", e passa a existir outra, vermelha, que sobrepõe a anterior da direita para a esquerda, com a porcentagem de compressão aumentando, até que ela chega ao final, quando aparece a frase "64% file size compression". Então, a barra cinza passa a exibir a mensagem "After - 250 KB".
Otimizar as imagens é tão importante quanto otimizar o restante do conteúdo (e não é só do tamanho do arquivo que estou falando)

Lembra da importância de usar imagens que eu comentei lá em cima, para tornar a leitura mais fluida e confortável, além, é claro, de ilustrar o conteúdo? Porém, não basta apenas jogar uma imagem na página e pronto: ela também deve ser otimizada.

Algumas das principais técnicas que você deve adotar são as seguintes:

  • Renomeie a imagem corretamente. Se você está em um artigo sobre dicas para construção civil, a imagem não deve ser chamada de “20180413.jpg” ou qualquer outra nomenclatura similar, mas sim algo como “dicas-para-construcao-civil.jpg”, por exemplo.

  • Utilize o atributo alt para acessibilidade. Com um lugar garantido na lista de técnicas clássicas de SEO, o alt recebeu uma importância ainda maior recentemente. Seu uso deve ser feito de modo que os leitores de tela (softwares usados por deficientes visuais) consigam dizer do que se trata a imagem. Este campo deve ser preenchido com uma descrição completa, como “Pedreiro empurrando carrinho de mão cheio de cimento. Ele está em um canteiro de obras, próximo a uma betoneira, e outros três pedreiros aparecem ao fundo”.

  • Compacte as imagens. A velocidade das conexões de internet vem aumentando com o passar do tempo e tende a continuar assim, mas isso não significa que as imagens tenham que ser pesadas. O TinyPNG é uma excelente ferramenta, que aceita até 20 arquivos por vez, com até 5 MB cada, capaz de reduzir consideravelmente o tamanho do arquivo mantendo sua qualidade.

  • Use legendas abaixo das imagens. Essa é uma dica opcional, mas que vale a pena ser usada, já que traz um destaque bacana às imagens e permite descontrair um pouco o conteúdo, embora sem sair de seu objetivo. Além disso, de acordo com David Ogilvy, as legendas abaixo das imagens são lidas, em média, 300% mais que o corpo do texto em si. Se só faz bem, então por que não usar, né?

  • Utilize a proporção correta para conseguir aparecer nos featured snippets. Nós abordaremos o tema mais a fundo daqui a pouco, mas as imagens são uma parte fundamental dos resultados destacados. De acordo com este estudo da SEMrush e da Ghergich & Co., o tamanho mediano das imagens que aparecem nos featured snippets é de 600 x 425 pixels e o ideal é que sejam dispostas na horizontal, ou seja, em modo paisagem.

Ao colocar essas dicas em prática, seu conteúdo poderá ser encontrado também pelas pesquisas de imagem do Google. Quanto mais fontes de tráfego, melhor!

Preze por informações verdadeiras

GIF animado de um rapaz usando o computador. Ele, então, vira para a câmera, fala algo e aparece a seguinte mensagem: "It's on the internet! That means it must be real!", em inglês.Faça a sua parte para não compartilhar fake news!

As fake news são um problema em nossa sociedade. É fato que a popularização do acesso à internet é um grande avanço; por outro lado, porém, isso aumenta as chances da disseminação de notícias falsas.

Pode ser que você não saiba, mas existe uma correlação entre notícias verdadeiras e SEO. De acordo com o Search Engine Journal, o Google mostra nada menos que 11 milhões de artigos com veracidade confirmada (ou que passaram pelo processo de fact checking) por dia!

Inclusive, fica aqui uma dica: o Google Fact Check Tools. Com interface similar à do buscador tradicional, basta pesquisar por algum assunto ou pessoa para ter acesso a notícias, as quais estarão identificadas como verdadeiras, relativamente verdadeiras ou falsas.

A ferramenta tem o objetivo de facilitar a vida de pessoas, jornalistas e pesquisadores. Porém, é importante ressaltar que a verificação de veracidade não é feita pelo Google, mas sim pelos próprios sites que publicam o conteúdo.

Sem entrar em detalhes tão técnicos, a indicação da veracidade de uma notícia torna-se possível em seu site através do Fact Check Markup Tool, cuja implementação se dá através de dados estruturados. Para mais informações, acesse aqui.

É fato que o Google não é diretamente responsável, além de ser uma ferramenta mais nichada, voltada a sites e portais que publicam notícias, mas é interessante notar que se dá importância ao compartilhamento de conteúdos verdadeiros e íntegros.

Também não sabemos se este virá a ser um dia um fator de ranqueamento, mas como os conteúdos devem ser criados com foco no usuário, sempre os crie com verdade, o que não deixa de ser um fator de responsabilidade social e que, por consequência, ajuda na construção da credibilidade do site.

GIF animado de Fernando Alonso comemorando por ter vencido a temporada de 2005 da Fórmula 1, mesmo depois de ter ficado com o 3º lugar no Grande Prêmio do Brasil.
Quem já se sentiu assim ao conquistar um featured snippet?

Depois de comentar algumas vezes durante o conteúdo e atiçar sua curiosidade, finalmente chegamos à seção em que vamos tratar dos featured snippets!

Este é o nome que se dá aos resultados destacados que aparecem no topo da página para algumas solicitações de pesquisa. Quando isso acontece, a primeira posição deixa de ser a primeira, pois o featured snippet aparece em cima dela - o que criou a “posição zero” nas SERPs.

Eles podem aparecer em diferentes formas, como parágrafos de um conteúdo, listas, imagens e tabelas, entre outras.

Sem dúvidas, essa é uma das principais estratégias para marketing de conteúdo para 2020 e além, tanto pelo destaque que os resultados recebem naturalmente na SERP quanto por responderem a várias das pesquisas de voz, como vimos anteriormente.

Você pode dar a sorte de conquistar um resultado destacado mesmo sem ter se preparado para isso (se tiver acontecido, parabéns!), mas algumas técnicas podem ser aplicadas para que o processo seja facilitado, como as seguintes:

  • Responda a perguntas. Eu falei sobre isso lá em cima, na seção sobre pesquisas de voz, mas não custa reforçar. Se você responder a perguntas em seus conteúdos, aumentam as chances de pessoas com a mesma dúvida encontrarem este conteúdo e, com isso, terem seu interesse atendido.

  • Crie listas com 9 itens ou mais. Essa aqui nem sempre é possível, mas se for, vale a pena investir. O Google mostra até 8 colunas das listas na SERP, e caso a sua seja maior, ele “trunca” os resultados e cria um link “mais itens” logo abaixo da oitava, ou seja, uma nova chance de conquistar um clique para a página. Sempre que conseguir, tenha pelo menos 9 itens em suas listas. Exercite a criatividade - mas sem abrir mão da relevância!

  • Crie tabelas com pelo menos 6 linhas e 8 colunas. Outra que nem sempre é possível, mas que deve ser utilizada quando conseguir. As tabelas geralmente são usadas para comparar diferentes opções, e quando são maiores de 5 linhas e 7 colunas, elas também ficam truncadas e recebem um link para a página.

  • Otimize as imagens corretamente. Você já deve ter visto snippets em que o resultado de texto veio de um site e a imagem de outro, não é? Este é um sinal de que a imagem não foi otimizada por quem conquistou sua posição para o texto. A proporção que mais aparece nos featured snippets de imagens é a 4:3, com tamanho mediano de 600 x 425 pixels. Assim, você pode conquistar a posição da imagem até mesmo em conteúdos de outros sites!

Antigamente, quando um resultado aparecia no featured snippet, ele também aparecia como resultado comum na SERP, ou seja, ele tinha uma exposição dupla. Porém, no dia 22 de janeiro de 2020, Danny Sullivan publicou em seu Twitter que essa repetição não aconteceria mais.

É fato que antes era melhor, pois quem conseguia otimizar muito bem seu conteúdo tinha duas chances de receber cliques, mas pense nisso como um incentivo para fazer snippets que instigam o usuário a clicar para saber mais!

Leia também: Como conquistar a posição zero do Google

Não se prenda ao fluxo de pesquisas de uma palavra-chave

GIF animado de um rapaz demonstrando uma feição de raiva e insatisfação. Enquanto isso, fórmulas e cálculos são exibidos pela tela, com se estivesse sendo aplicado um zoom neles.
Números são importantes, mas não se atenha apenas a eles

Pode ser que você esteja coçando sua cabeça agora e achando que eu sou louco, mas eu vou provar (com dados!) que não é bem isso.

Você poderá continuar utilizando o guia de pesquisa de palavras-chave da SEMrush de modo a ter insights bacanas para a produção de conteúdo e traçar uma estratégia para conquistar posições para aquele termo tão importante, mas passará a olhar com outros olhos para a questão.

Em um post no blog próprio The Keyword, datado de 25 de abril de 2017, o Google disse que 15% das pesquisas que eles veem todos os dias são novas. Logo, são utilizadas palavras-chave “novas”, que não possuem qualquer fluxo de pesquisa.

Isto, porém, não as torna menos importante que as demais. As estratégias para marketing de conteúdo são relevantes ainda que seja para satisfazer as intenções de um único usuário - afinal, ele não é menos importante que os demais.

Em outras palavras, o que eu quero dizer com isso é que o fluxo de pesquisa de uma palavra-chave é importante, mas não deve ser o único fator a ser considerado. Se o conteúdo é relevante e capaz de atender ao interesse de pesquisa de algum usuário, então ele merece ser criado!

A ideia corrobora com a naturalidade das pesquisas de voz que comentei lá atrás. Pense mais na utilidade do conteúdo e em sua relevância do que apenas em quantas vezes aquele termo é pesquisado ao longo de um mês.

Além disso, quando quiser uma dose adicional de criatividade para seus conteúdos, vale a pena contar com ferramentas como o Keyword Magic Tool, da SEMrush, que te ajuda a ter acesso a uma série de palavras-chave, inclusive aquelas com menor fluxo de pesquisa. Olhe para elas com carinho!

Confira também: Como fazer pesquisa de palavras-chave com a ferramenta Keyword Magic da SEMrush

Não se esqueça das otimizações de sempre

GIF animado em que uma pessoa digita em uma máquina de escrever. O vídeo é em preto e branco e aparenta ter sido capturado em uma máquina antiga, dado o ruído das imagens.
Não abandone as técnicas clássicas de produção de conteúdo!

Não é porque você quer saber como fazer marketing de conteúdo em 2020 que as técnicas e práticas utilizadas até então tenham perdido sua validade, muito pelo contrário!

As técnicas “básicas” continuam sendo super relevantes para a produção de conteúdo e também ajudam a galgar posições nas SERPs. Algumas das principais são as seguintes:

  • Faça boas linkagens. Links internos e externos devem ser utilizados como uma forma de complementar os conteúdos e de associar outros que possam ser relevantes para o interesse do usuário.

  • Tenha uma gramática impecável. Este não é um fator de ranqueamento propriamente dito, mas para mim é simplesmente imprescindível para a qualidade de um conteúdo. Da mesma forma que não sentimos confiança ao comprar um alimento cujo rótulo tem várias palavras escritas incorretamente, julgo que os erros de escrita prejudicam seriamente a credibilidade do conteúdo. Preste muita atenção e, se preciso for, conte com a ajuda dos corretores automáticos, que sempre devem ser seguidos de uma revisão.

  • Trabalhe com a hierarquia correta dos subtítulos. Hierarquizar seus conteúdos adequadamente, com H1, H2, H3, H4 e afins, é essencial para a organização da página e também para ajudar o crawler a entender quais são as diferentes seções do texto. 

  • Use palavras-chave e complementares no título e nos subtítulos. Desde que elas soem com naturalidade, não se esqueça de acrescentá-las nessas partes do texto, o que é tão bom para o ranqueamento quanto para a experiência do usuário.

  • Pense em títulos e subtítulos que chamam a atenção. Alguns julgam um livro pela capa, enquanto outros julgam um conteúdo pelo título. Se isso é certo ou não fica a seu critério, mas é inegável que isso aconteça. Sempre busque despertar o interesse e a curiosidade do leitor para que ele tenha vontade de clicar e de ler.

  • Use a meta description a seu favor. Embora também não seja um fator de ranqueamento, ela pode instigar o usuário a clicar em seu conteúdo ao invés dos outros que aparecem na SERP. Não se esqueça, porém, que o Google pode mudar a meta description que aparece na página de resultados de acordo com o que ele julgar mais relevante para o interesse do usuário, como mostra este estudo do Search Engine Roundtable.

Crie suas estratégias para marketing de conteúdo e conquiste as SERPs em 2020 (e além!)

GIF animado que mostra uma cena do filme Toy Story 1, em que Buzz e Woody voam, com as nuvens ao fundo. Na parte de baixo aparece a frase "To infinity and beyond!", em inglês.
Como diria Buzz Lightyear: ao infinito e além!

É difícil chegar à fórmula do conteúdo perfeito, pois o que realmente conta é atender o interesse de pesquisa do usuário. Porém, é possível analisar o que acontece para conseguir chegar o mais próximo possível do ideal.

A SEMrush já fez um estudo muito bacana sobre a anatomia dos artigos com melhor desempenho, em que foram analisadas diferentes métricas de mais de 700 mil artigos, mas o mais legal é que as tendências mudam.

É por isso que nós, produtores de conteúdo, precisamos ficar sempre de olho nas novidades e atualizações, já que ninguém quer ficar obsoleto, não é mesmo?

Grandes tendências recentes, como pesquisas de voz e featured snippets, serão antigas dentro de algum tempo. Isso não as torna menos importantes, já que as técnicas clássicas continuem funcionando muito bem, mas não podemos ficar parados.

Foi com muito carinho que separei algumas técnicas e práticas que merecem nossa atenção e podem nos fazer conquistar as primeiras posições em 2020.

Espero que elas te ajudem a se tornar um profissional melhor e ainda mais capacitado em uma área tão fundamental para a internet como a produção de conteúdo, o que pode, inclusive, valorizar o seu trabalho, assim como valorizou o meu.

E então, como fazer marketing de conteúdo funciona para você? Qual dessas técnicas você acha que traz os melhores resultados? Acha que eu esqueci de algo? Deixe sua opinião nos comentários!

Até a próxima, pessoal!


Quer saber mais sobre as grandes apostas de marketing de conteúdo em 2020? Confira a mesa redonda Marketing de Conteúdo 2020: o que esperar no ano que vem que fez parte da Semana de Marketing de Conteúdo da SEMrush, para descobrir quais novos formatos de conteúdo estão surgindo e ganhando popularidade agora

Quais novos formatos de conteúdo vão surgir

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Redator desde 2015 e fotógrafo amador quando encontro uma paisagem ou situação bacana. Encontrei no Marketing Digital a minha paixão, área em que pretendo seguir durante toda minha carreira.